4
Mar

Festival Rota das Letras regressa à data original de Março

Comunicado de Imprensa

 

De 8 a 17 de Março, a Casa Garden vai acolher a 13ª edição do Festival Literário de Macau. É um regresso do evento à Primavera, depois de uma mudança forçada para o Outono durante os anos da pandemia. Nota dominante desta edição do Rota das Letras será a celebração da obra poética de Li Bai e de Luís de Camões. Entre os convidados, o chinês Dong Xi, vencedor do 11º Prémio Mao Dun de Literatura, e o norte-americano Chang-era Lee, finalista do Prémio Pulitzer, são os nomes mais marcantes. Num evento com espaço também para a evocação dos 50 Anos do 25 de Abril, o escritor e jornalista João Céu e Silva, o artista Fido Nesti e a guitarrista Marta Pereira da Costa estão entre os representantes do mundo lusófono.

 

 

“Sempre entendemos que é em Março que faz mais sentido a realização do Festival Literário de Macau, por ser uma época do ano com menor sobrecarga de eventos. Daí que, à primeira oportunidade, e depois de várias edições realizadas nos meses de Outubro e Novembro, por força da pandemia, tenhamos decidido fazê-lo regressar à sua data original”, diz Ricardo Pinto, director do Rota das Letras.

 

A edição deste ano do Festival Literário e a anterior, separadas por apenas cinco meses, têm em comum a celebração do 5º Centenário do nascimento de Luís de Camões. A Casa Garden, com a gruta do poeta bem próxima, vai receber a visita de Kenneth David Jackson, professor da Universidade de Yale e autor de vários estudos camonianos. O ilustrador brasileiro Fido Nesti evocará também a obra de Camões, através da sua adaptação d’ Os Lusíadas para crianças.

 

Mas será outro nome grande da poesia universal a ser lembrado na abertura do evento. A vida e a obra de Li Bai são o tema de uma exposição de fotografia de Xu Peiwu, artista chinês que ao longo da última década percorreu os mesmos caminhos por onde andou o poeta há mais de mil anos, registando as paisagens que o inspiraram na sua errância por vastas e dispersas regiões da China. São imagens “de uma enorme beleza e densidade, que nos permitem contemplar uma China despida e cativante”, afirma João Miguel Barros, curador da exposição. Na sessão inaugural, a editora Livros do Meio, de Carlos Morais José, fará nova apresentação do livro ‘Li Bai – A Via do Imortal’, de António Izidro.

 

O primeiro fim de semana do festival, de 8 a 10 de Março, assistirá à apresentação de várias outras obras. San San, uma das mais premiadas entre as jovens escritoras chinesas, dará a conhecer a antologia de contos ‘Primavera Tardia’, que esteve entre os mais fortes candidatos ao Prémio Literário de 2023 da Douban, a rede social da China com maior implantação nos meios literários. O norte-americano James Zimmerman, advogado que reside na capital chinesa há mais de 25 anos, vem a Macau apresentar ‘The Peking Express’, um trabalho de investigação que conta a história do Grande Assalto Ferroviário de 1923, o maior da história da China e um facto determinante da evolução da guerra civil chinesa. E Ian Gill, autor nascido na Nova Zelândia, fruto de uma relação entre dois prisioneiros de guerra em Hong Kong, vem falar de ‘Searching for Billie’, a demanda de um jornalista para compreender o passado da sua mãe, que o leva a descobrir uma China desaparecida.

 

Outro convidado a reter: Ma Ka Fai, escritor e cineasta de Hong Kong, professor de escrita criativa na City University, autor de dezenas de livros de ensaios. ‘Once upon a time in Hong Kong’ foi o seu romance de estreia.

 

A evocação do 50º aniversário da Revolução do 25 de Abril far-se-á também nos primeiros dias do festival. João Céu e Silva apresenta ao público de Macau a sua obra ‘O General que começou o 25 de Abril dois meses antes dos Capitães’ – a história nunca contada de como o General António Spínola fez cair o regime.

 

A abertura de uma exposição sobre os 50 anos de carreira de António Mil-Homens – carreira iniciada, precisamente, no dia 25 de Abril de 1974, no Largo do Carmo – terá lugar a meio da semana na Livraria Portuguesa, antecedendo os painéis do segundo fim-de semana do festival.

 

De volta à Casa Garden, a Cozinha de Macau será tema central das sessões de sexta-feira, dia 15 de Março. As autoras Graça Pacheco Jorge e Annabel Jackson, ambas com obra publicada neste campo, serão acompanhadas pelo Professor Barrie Sherwood, da Universidade de Singapura, numa reflexão sobre o momento presente da gastronomia macaense e as questões de identidade cultural que lhe estão associadas. ‘The Macanese Pro-Wrestler’s Cookbook’, do Prof. Sherwood, é o livro que faz aqui a sua apresentação ao público local.

 

Sábado, 16, será dominado pela escrita no feminino, num diálogo que reunirá escritoras de Macau, Hong Kong e China Continental. ‘The Girl Who Dreamed: a Hong Kong Memoir of Triumph Against the Odds’, de Sonia Leung, é considerado um importante marco na literatura da cidade vizinha, por nunca terem as experiências na primeira pessoa dos imigrantes pobres do Continente, chegados a Hong Kong nos anos 80, sido antes narradas com tanto detalhe a partir da perspectiva de uma mulher jovem.

 

Mas o penúltimo dia do festival é também o da presença dos nomes mais sonantes do programa deste ano. Dong Xi, que para além do Prémio Mao Dun foi já agraciado também com o Prémio Lu Xun, outro dos mais relevantes da literatura chinesa, partilhará a sua vasta experiência no mundo das letras com vários autores de Macau. “Sendo um dos escritores mais representativos da actualidade, Dong Xi é reconhecido pela sua invulgar capacidade de contar estórias numa  linguagem narrativa própria”, assinala Yao Jingming, subdirector do Festival Rota das Letras.

 

Chang-rae Lee, escritor norte-americano de origem coreana e professor de escrita criativa na Universidade de Stanford, na Califórnia, virá fazer a apresentação do seu mais recente romance, ‘My Year Abroad’, cuja acção decorre parcialmente em Macau. A sua escrita explora, com frequência, temas como a imigração, a assimilação, a História da Coreia, a experiência dos americanos com raízes asiáticas, a América distópica. Entre várias outras distinções, o autor recebeu o Prémio da Fundação Hemingway para primeiras obras, pelo seu romance ‘Native Speaker’.

 

O programa de sábado, dia 16, encerra com o concerto de Marta Pereira da Costa, considerada uma das mais virtuosas intérpretes de guitarra portuguesa da actualidade. Em Macau, será acompanhada em palco por João José Pita. Outras performances vão ser promovidas em colaboração com a Bookand, uma livraria independente da região.

 

O último dia do festival, como vem já sendo tradição, está em boa parte reservado à apresentação de obras do domínio das artes visuais e, em particular, da fotografia. João Miguel Barros e a associação Halftone vão dar a conhecer as suas últimas realizações. Mas o programa comporta ainda outras novidades editoriais. Duarte Drumond Braga vem apresentar o seu estudo sobre a ‘China e Macau’, de Camilo Pessanha, recentemente lançado em Portugal. E Peter Rose, advogado norte-americano, faz aqui o lançamento do seu primeiro romance, ‘The Good War of Consul Reeves’, que tem como pano de fundo o período da Guerra do Pacífico em Macau e a acção do diplomata britânico que soube tirar partido da neutralidade portuguesa para sobreviver à constante ameaça do inimigo japonês. A publicação desta obra é uma iniciativa da Blacksmith Books, uma editora de Hong Kong.

 

Tal como em anos anteriores, o Festival Literário de Macau conta com o apoio do Governo de Macau, através do Fundo de Desenvolvimento Cultural, bem como de várias outras instituições públicas e privadas da região. A Fundação Oriente é, uma vez mais, a entidade anfitriã do evento, na Casa Garden. A par do programa oficial, os convidados farão também visitas a escolas e a associações locais.

 

O programa detalhado do evento será divulgado nos próximos dias aos órgãos de comunicação social.

 

Para mais informações, contacte:

Aska Cheong: +853 6622 3215

Kathine Cheong: +853 6688 2821

Info.macauliteraryfestival@gmail.com

18
Set

“Samba de Guerrilha”, de Luca Argel, história do Brasil em três actos

“Samba de Guerrilha”, de Luca Argel

História do Brasil em três actos

 

Música e literatura cruzam-se nesta “ópera samba”, criada pelo artista carioca radicado no Porto. “Samba de Guerrilha”, de Luca Argel, vai subir ao palco do Festival Literário de Macau.

Segundo Luca Argel, Samba de Guerrilha foi pensado como “uma ópera samba” dividida em três actos, através da qual se conta a História do Brasil. Composto por arrojadas versões de clássicos do samba, que se revelam um “interessante instrumento de pesquisa histórica”, o disco parte da premissa de demonstrar como as velhas questões dos tempos coloniais e dos primeiros anos do Brasil enquanto nação, em especial a escravatura, continuam, ainda hoje, a condicionar a vida de milhões de pessoas, sob a forma de racismo, pobreza e todo o tipo de discriminação social.

O primeiro acto começa ao som de Samba do Operário, tema escrito pelo mítico Cartola em parceria com um português de Alfama, chamado Alfredo, que se estabeleceu no morro da Mangueira em fuga à ditadura de Salazar. As faixas são antecedidas por uma narração que contextualiza histórica e socialmente cada momento – na voz da rapper luso-angolana Telma Tvon. O contraste entre a voz que canta, de um homem branco e brasileiro, e a que conta, de uma mulher negra e africana, é “bastante simbólico”, além de resultar muito bem.

O segundo acto recorda a abolição da escravatura, mas os dois jongos (estilo musical anterior ao samba) que se seguem demonstram como tudo ficou quase igual, ou pior, levando ao êxodo para as grandes cidades, onde a marginalização continuou, como se percebe ao ouvir Direito de Sambar ou Agoniza mas Não Morre. O terceiro acto dá a conhecer João Cândido, marinheiro negro que, em 1910, liderou a Revolta da Chibata, contra os castigos físicos ainda em vigência na armada. O “almirante negro” ficaria imortalizado no samba com o mesmo nome, proibido pela censura, por a patente de almirante não poder ser associada à palavra negro. Mas sem pessoas como ele, nunca se teria escrito Uma História Diferente, samba escolhido para encerrar o disco.

Data e hora: 14 de Outubro, 20:30h

Local: Teatro Broadway

Duração do espetáculo: 1h 40m

Legendado em chinês e inglês

 

Os artistas

 

Luca Argel nasceu em 1988 no Rio de Janeiro, Brasil, e é licenciado em música pela UNIRIO e mestre em Literatura pela Universidade do Porto. Tem livros de poesia publicados no Brasil, Espanha e Portugal, um dos quais foi semi-finalista do Prémio Oceanos 2017.

Entre o trabalho como vocalista e compositor, seja em projectos colectivos ou bandas sonoras para cinema e dança, e a assinatura de programas de rádio dedicados à música brasileira, tem vindo a desenvolver a sua carreira a solo a um ritmo consistente e crescente com êxitos como “Samba de Guerrilha” e “Anos Doze”.

António Jorge Gonçalves (Lisboa, Portugal, 19 de outubro de 1964) é um autor português de banda desenhada, cartoonista, performer visual, ilustrador, cenógrafo e professor. É autor de várias Graphic Novels, e tem colaborado com vários escritores – Rui Zink, Ondjaki ou Mário de Carvalho – na criação de livros onde texto e imagem se relacionam de forma exploratória. Recebeu em 2013 o Prémio Nacional de Ilustração (Portugal) pelo livro “uma escuridão bonita” (com Ondjaki).

Fez cenografia e figurinos para várias peças de teatro. Através do método de Desenho Digital em Tempo Real e da manipulação de objectos em Transparency Overhead Projetor, tem criado espectáculos com músicos, actores e bailarinos. Escreveu e realizou o filme/espectáculo Lisboa quem és tu? para ser projetado nas paredes do Castelo de São Jorge em Lisboa.

 

Nádia Yracema nasceu a 3 de julho de 1988, em Luanda, Angola. Começou a aprender e a representar com o Teatro Universitário de Coimbra, concluindo a sua formação no ano letivo de 2007/2008, enquanto frequentava a licenciatura em Direito na Universidade de Coimbra. Ingressou no curso de representação da Escola Superior de Teatro e Cinema de Lisboa em 2012.

19
Jul

Festival Literário de Macau lança 8ª edição do seu Concurso de Contos

A oitava edição do Concurso de Contos do Festival Literário de Macau – Rota das Letras está oficialmente em marcha. O festival receberá textos em Português, Chinês e Inglês. As histórias devem ser entregues até às 20h do dia 30 de Novembro de 2019 na redacção do jornal Ponto Final (Travessa do Bispo, No. 1C, 6º andar, Macau) ou através de email para shortstories. thescriptroad@gmail.com.

O concurso de contos decorrerá em moldes semelhantes ao do ano anterior, com os vencedores (um em cada idioma) a serem seleccionados por escritores que passaram pela Rota das Letras, depois de haver uma pré-selecção a cargo de um painel composto por representantes da organização do festival e de outras entidades.

A oitava edição do concurso de contos mantém a entrega de prémios pecuniários (um para cada idioma), no valor de 10 mil patacas. A principal recompensa continuará a ser a publicação em livro – e nas três línguas – dos textos seleccionados, ao lado daqueles escritos pelos autores que visitaram Macau na edição anterior do Festival.

O regulamento completo do concurso de contos está disponível nas três línguas em www.thescriptroad.org. De um modo geral mantêm-se os preceitos do ano anterior, com a participação a estar aberta a todos os que escrevam numa das línguas admitidas a concurso e que, claro, escrevam sobre Macau.

O próximo volume da colecção Contos e Outros Escritos será lançado durante a 9ª edição do Festival Literário de Macau, em Março de 2020.

SOBRE O FESTIVAL

O Festival Literário de Macau – Rota das Letras foi fundado em 2012 pelo jornal Ponto Final. Este é o maior encontro de literatos da China e dos Países de Língua Portuguesa alguma vez organizado. A Rota das Letras acolhe também muitos convidados de outras geografias, trazendo à cidade reputados escritores, editores, tradutores, jornalistas, músicos, cineastas e artistas plásticos. O Festival Literário de Macau tem o apoio do Gabinete do Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, do Instituto Cultural de Macau, do Turismo de Macau e da Fundação Macau, bem como de diversas entidades privadas, com a SJM – Sociedade de Jogos de Macau a ser um dos seus principais patrocinadores.

GABINETE DE IMPRENSA
Email: press.thescriptroad@gmail.com

Concurso de Contos Rota das Letras Regulamento

O concurso de contos Rota das Letras receberá trabalhos em três idiomas. O
júri final é composto por escritores convidados da edição anterior do festival.
Serão eles a decidir os vencedores.

1. Destinatários
a) O concurso destina-se a todos as pessoas, sem qualquer restrição em função da
idade, nacionalidade ou local de residência. No entanto,
b) Os familiares directos dos membros da organização e dos membros do júri
não poderão concorrer, bem como todas as pessoas ligadas à organização do Festival
Rota das Letras.

2. Apresentação dos contos
a) Todos os contos devem ter Macau como tema ou pano de fundo. Devem ser de
alguma forma sobre Macau.
b) Cada concorrente pode enviar um máximo de dois contos. Os trabalhos devem ser
totalmente inéditos (tanto em edições em papel como em edições online) e podem ser
apresentados em chinês, português ou inglês.
c) Os textos devem ter um limite máximo de 3500 palavras em português e inglês, e
de seis mil caracteres em chinês. Os textos que tenham sido previamente publicados
(inclusive online) ou que ultrapassem a extensão definida serão automaticamente
excluídos do concurso.

3. Prazo e envio
a) Os trabalhos a concurso deverão ser entregues nas instalações do jornal Ponto Final
(Travessa do Bispo, No. 1C, 6º andar, Macau); ou por email para
shortstories.thescriptroad@gmail.com.
b) Os trabalhos enviados por correio devem conter o carimbo com data de expedição
anterior a 30 de Novembro de 2019. Os trabalhos devem ser entregues dentro de um
envelope fechado, contendo no exterior a inscrição “Concurso de Contos Rota das
Letras”. Os participantes devem colocar quatro cópias de cada conto em formato A4
no interior do envelope, bem como um CD com o conto em formato digital
(documento Microsoft Word). O texto deve estar formatado em corpo 12,
espaçamento entre linhas de 1,5 e fonte Arial, no caso dos contos em português e
inglês; e em fonte SimSun, no caso dos contos em chinês. Os concorrentes devem
ainda colocar no interior do envelope uma fotocópia de um qualquer documento de
identificação (Bilhete de Identidade; Passaporte) e uma folha com nome completo,
endereço de email e contacto telefónico.
c) Os participantes que enviem as suas histórias por email devem anexar a essa mensagem

a versão digital do conto, bem como uma cópia digitalizada do seu
documento de identificação. Todos os contos devem ser enviados antes das 20h (hora
de Macau) do dia 30 de Novembro de 2019. O formato das histórias deve ser o
mesmo já mencionado na alínea b).

4. Júri do concurso
a) O júri do concurso será constituído, numa primeira fase, por um grupo de pessoas
convidadas pela organização da Rota das Letras e por membros da organização do
festival. Será estabelecido um júri para o concurso em cada uma das línguas. Esta
primeira comissão fará uma pre-selecção de cinco ou mais textos, que serão depois
colocados à consideração dos júris finais, escritores presentes na edição anterior do
festival, os quais procederão depois à selecção dos vencedores.
b) A Rota das Letras reserva-se o direito de não escolher qualquer vencedor caso os
trabalhos apresentados não tenham a qualidade desejada ou não estejam de acordo
com o âmbito e temática do concurso.

5. Prémios
a) Os contos vencedores (um em cada uma das línguas) serão traduzidos nos restantes
idiomas e publicados em livro a apresentar na edição seguinte da Rota das Letras. O
livro, com edições em Chinês, Português e Inglês, reunirá os contos sobre Macau
escritos pelos autores convidados para a edição anterior do festival. Os vencedores do
concurso verão assim as suas obras publicadas ao lado de nomes como os próprios
escritores júris do concurso e outros autores.
b) Os vencedores do concurso (um em cada idioma) receberão um prémio pecuniário
no valor de 10 mil patacas.
6. Disposições Finais
a) A participação no concurso implica a aceitação integral deste regulamento.
c) Os trabalhos apresentados a concurso não serão devolvidos aos seus autores.
d) A Rota das Letras reserva-se pelo prazo de três anos o direito de publicar, na
versão original e traduzidos, os trabalhos distinguidos no concurso e os restantes
trabalhos recebidos mas não premiados, em livro ou em publicações periódicas. Os
direitos de autor para a primeira publicação (em publicações periódicas e em livro)
pertencem ao editor e os subsequentes aos respectivos autores.

13
Mar

Reserva de Lugares

Entrada Gratuita, reserve aqui o seu lugar:

https://goo.gl/forms/jGCNwW4fPfwjWVB53

 

1) PERFORMANCE | 表演

SOPHIA |《索菲亞》

15 MARCH, FRIDAY | 三月十五日 9.00 PM

Navy Yard No.2 | 海事工房2號

 

2) FILM SCREENING | 電影放映

Nobody Nose |《迷局伏香》 (Group C | C組)

16 MARCH, SATURDAY | 三月十六日 9.00 PM – 11.00 PM

Wing Lok Cinema | 永樂戲院

 

3) FILM SCREENING | 電影放映

Melville in Love |《戀愛中的梅爾維爾》

18 MARCH, MONDAY | 三月十八日 6:30 PM

Portuguese Consulate Auditorium | 葡國領事館禮堂

 

4) FILM SCREENING | 電影放映

Whitman, Alabama |《自我之歌》- 從詩歌到電影

19 MARCH, TUESDAY | 三月十九日 9.30 PM – 11.00 PM

Cinematheque Passion | 戀愛•電影館

 

5) FILM SCREENING | 電影放映

Empire Hotel |《帝皇酒店》 (Group C | C組)

20 MARCH, WEDNESDAY | 三月二十日 9.00 PM – 11.00 PM

Wing Lok Cinema | 永樂戲院

 

6) FILM SCREENING | 電影放映

San Va Hotel: Behind the Scenes |《新華大旅店 – 幕後》 (Group B | B組)

22 MARCH, FRIDAY | 三月二十二日 6.30 PM – 7.45 PM

Cinematheque Passion | 戀愛•電影館

 

7) FILM SCREENING | 電影放映

Pe San Ié |《比山耶》

22 MARCH, FRIDAY | 三月二十二日 9.00 PM – 11.00 PM

Cinematheque Passion | 戀愛•電影館

 

8) PERFORMANCE | 表演

Ode Marítima

23 MARCH, SATURDAY | 三月二十三日 9.00 PM – 10.00 PM

Dom Pedro V Theatre | 崗頂劇院

 

Outras Informações

** O número total de lugares está sujeito à sua disponibilidade. Entrada por ordem de chegada.

** Por favor preencher o formulário de reserva de lugares e chegar 15 minutos antes da hora do evento para assegurar os seus lugares.

** Os lugares reservados serão mantidos até 15 minutos antes do início do espectáculo.

 

12
Mar

China-PLP | Uma ponte chamada poesia

A poesia será pela primeira vez o tema e a forma de expressão dominantes do Rota das Letras – Festival Literário de Macau. Uma homenagem a Sophia de Mello Breyner Andresen, no ano do seu centésimo aniversário, com a presença do seu filho, o jornalista e escritor Miguel Sousa Tavares; e o lançamento de uma tradução para português de uma obra do poeta chinês Jidi Majia por José Luís Peixoto, com a presença do poeta e do tradutor, assinalam nesta edição do Rota das Letras o encontro entre as culturas chinesa e lusófona através da poesia.

Durante o festival, poetas dos países de língua portuguesa, de Macau e da China falarão sobre as suas obras e sobre as condições actuais de produção poética e o papel da poesia no mundo contemporâneo.

O Rota das Letras apresentará ainda outras formas de expressão artística (pintura, ilustração, teatro, performance, cinema) nas quais a poesia surge como ponto de partida e inspiração.

2019 assinala o 200o aniversário do nascimento dos poetas americanos Walt Whitman e Herman Melville, e também o 100o aniversário do nascimento dos autores portugueses Sophia de Mello Breyner Andresen e Jorge de Sena, bem como do macaense Adé dos Santos Ferreira, que escreveu os seus poemas no crioulo local, o Patuá. Todos eles serão homenageados, em sessões de poesia, debates, projecção de filmes, performances e exposições envolvendo convidados locais e vindos do exterior.

Durante o evento, será publicado um Dicionário do Crioulo de Macau, e o grupo Doci Papiaçam fará uma pequena récita de poesia maquista, em Patuá, com poemas de Adé dos Santos Ferreira e Miguel de Senna Fernandes.

O Rota das Letras não deixará também de celebrar o 100o aniversário do 4 de Maio, o Movimento da Nova Literatura na China, salientando o contributo de alguns dos seus

mais importantes mentores, como Lu Xun, Hu Shi e Zhu Ziqing, entre outros.

A associação local de poesia O Outro Céu junta-se ao evento através dos seus membros Bruce Lou, Elvis Mok, Jojo Wong e Pansy Lau. O grupo de teatro de Macau Rolling Puppets levará à cena, nos últimos três dias do Festival, nas antigas Oficinas Navais, a peça de teatro de marionetas Droga, adaptação do romance homónimo de Lu Xun publicado em 1919.

O Rota das Letras apresentará ainda o espectáculo de Pedro Lamares “Ode Marítima”, baseado no poema de Álvaro de Campos, um dos heterónimos de Fernando Pessoa. Assim, pela primeira vez, a “Ode Marítima” será declamada integralmente num palco de Macau. O extenso poema, central na obra de Álvaro de Campos, é considerado uma das obras-primas da poesia portuguesa.

Por último, mas não menos importante, o cantor português Salvador Sobral, vencedor do Festival Eurovisão da Canção em 2017, fará a sua primeira visita a Macau, actuando num Concerto Rota das Letras marcado para o dia 17 de Março. A banda de Taiwan Wednesday & Bad to the Bone actuará na festa de encerramento do festival. Após o espectáculo da banda decorrerá uma festa.

Para além do Centro de Arte Contemporânea, nas Antigas Oficinas Navais, o Festival Rota das Letras terá sessões públicas em diversos outros locais da cidade, como o Art Garden, Albergue da Santa Casa, Centro de Indústrias Criativas de Macau, IPOR, Cinemateca Paixão e Livraria Portuguesa.

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