DROGA

‘Droga’, uma peça adaptada de um dos contos da colectânea de Lu Xun ‘Às armas (Nahan)’, é uma combinação entre o original e uma história nova. A primeira é uma narrativa, contada na terceira pessoa por Lu Xun. Já na nova trama, o fluxo de consciência é usado como contraste e permite à plateia experimentar, com algum distanciamento da história, o teatro de forma diferente do drama tradicional. Em ‘Droga’, Lu Xun usou o simbolismo de forma lata, bastante apropriado para adaptar à linguagem teatral com metáforas que envolvem marionetas e fantoches. Através de música ao vivo, ‘Droga’ transporta a audiência para um tempo e espaço passados e presentes, convidando-a a saborear a amargura e o absurdo das “prescrições”, novas e antigas. Na história actual, uma loja centenária deixa de conseguir resistir aos novos tempos. Na verdade, quantas lojas antigas, que cresceram connosco, foram desaparecendo sem quase darmos por isso?